O conflito do presidente Duterte com a mídia é eterno. Não só com os jornalistas locais, mas de vários países do mundo. Sua foto, suas declarações polêmicas garantem amplo espaço na mídia internacional. Acusa os jornalistas de publicarem apenas más notícias, quando não falsas e de querer arruinar a imagem do país no mundo. O presidente não perde oportunidade de repetir declarações bombásticas que ele sabe que terão ampla repercussão, tenham ou não conteúdo, especialmente quando bate de frente com organizações que defendem os direitos humanos. Não se importa com o que dizem a seu respeito, segue como um místico em busca de um objetivo que não é claro para o seu povo. Afinal ele foi eleito pelo voto popular e milita na política há, pelo menos, uns 30 anos. Conhece bem os partidos e os interesses dos que se aproximam do Estado. Sua formação intelectual é limitada, mas diz que se acerca de quem tem conhecimento profundo dos assuntos nacionais.
Ele diz que está comprometido com a transparência das autoridades públicas e que a população tem o direito de ver as entranhas do governo, que é mantido com o dinheiro dos impostos pagos pelo povo. É considerado um conservador em um pais que tem aproximadamente 80 por cento de católicos. Considera-se um paladino na luta contra as drogas e não perde oportunidade de ameaçar os traficantes e mesmo usuários. Insiste que faz todo esforço para reforçar o sistema público de saúde para permitir que os mais pobres tenham acesso à assistência médica e remédios. Os institutos de opinião pública reforçam que o presidente ainda tem ao apoio de grande parte dos eleitores, mesmo se envolvendo em tantas polêmicas. Chega a 77 por cento de aprovação. Seus opositores dizem que até mesmo na campanha para presidência ele deixou bastante claro que seu desprezo pelos direitos humanos e pelo Estado de Direito. Recentemente voltou a atrair as atenções do mundo ao propor a criação de uma milícia. É para combater um grupo comunista que se auto denomina Novo Exército Popular e sobrevive desde a década de 1960.
O presidente tem uma afeição especial pelo porte e uso de armas. São comuns as fotos dele portando armas automáticas, praticando tiro alvo e nunca negou que ele mesmo já atirou nos traficantes. Em campanha contra as drogas, Duterte encoraja as pessoas a fazer justiça com as próprias mãos quando diz “ se você conhece algum viciado, vá em frente, mate-o você mesmo.“ Gosta de aparecer em público ao lado de seus apoiadores. Ele não faz nenhum esforço para se adequar ao mínimo de civilidade. Não se importa o que dizem dele. Tem o apoio do presidente americano Trump, que o tem aliado na queda de braço contra o ditador norte coreano Kim Jong Um. Rodrigo Duterte, presidente das Filipinas, não perdoa nem o papa, criticado, por ter provocado um congestionamento em Manila quando de sua visita. Faz parte de um naipe de populistas de extrema direita que povoam o século 21.