Todos esperam que o comando do exército puna exemplarmente os militares que participem de atos políticos. Especialmente as manifestações através da imprensa, quando são feitas críticas e reparos ao governo. Os políticos melhor preparados advogam que militares não devem se envolver em manifestações políticas, mas apenas cumprir o que está na constituição nacional, ou seja a manutenção da lei e da ordem e a defesa do país caso este seja atacado por alguma potência estrangeira. Esses limites são divulgados em todo o mundo, mas em alguns países se mistura carreira militar com carreira política. Especialmente na América Latina onde eles ou se apoderam do poder o fazem composição com as elites dominantes e monopolizam os postos mais importantes e remunerados do Estado.
Não se exclui a chegada de militares ao supremo posto da nação democrática. Desde que eles se afastem do exército, filiem-se a um partido político e dispute a presidência com outros candidatos. O exemplo mais claro é da república democrática americana. Pelo menos 31 dos 46 presidentes dos Estados Unidos passaram parte de sua vida em instituições militares. Porém apenas cinco foram militares de carreira. Em nenhum momento o país foi ameaçado pela implantação de uma ditadura com o apoio das forças armadas. Não é o caso da América Latina, dizem os críticos mais puristas. Política é para civis e não para militares, estes devem estar à serviço da nação ao longo de toda a sua vida, mesmo depois que passarem para reserva, uma vez que podem ser convocados caso seja necessário.
O motor das desavenças políticas está na imprensa. O governo impõe uma cláusula no regulamento do exército, que membros das forças armadas não podem se manifestar através da mídia. No entanto, os jornais abrem espaço para artigos que criticam o governo e os jornalistas buscam fontes de notícias nos quartéis. O resultado é a punição de uma alta patente do exército. O tenente-coronel Sena Madureira, é punido por manifestações na imprensa e transferido do Rio de Janeiro. Inicia-se um confronto entre oficiais, alguns favoráveis à república, e o governo do Império do Brasil. Os republicanos não perdem tempo e aliciam os descontentes na capital do pais. Há um descontentamento com os rumos do império e há os que defendem que uma modernização do Brasil só será possível com a derrubada da monarquia e a implantação da república. Isto ocorre em 1889 sob o comando do general monarquista, e amigo de Dom Pedro 2, Deodoro da Fonseca.