O grupo se reúne apesar da mídia não acreditar que isso durasse muito. Os líderes querem articular uma frente ampla com intenção de disputar as próximas eleições presidenciais. É verdade que os líderes do grupo, até bem pouco tempo atrás, eram inimigos políticos e não escondiam o que pensavam um do outro. Não faltaram reuniões políticas, entrevistas na mídia em que um atacava o outro. Acusações de golpista, apoiador dos militares, fascista, traidor do povo brasileiro, entreguista, entre outras. Cada um deles lidera um partido político que não passa de aglomerados de oligarcas espalhados por todo o país e se consideram donos de parte do eleitorado. É só chamar e os cabos eleitorais se apresentam e prometem o melhor para voltar ao poder.
Geralmente as oposições se unem quando percebem que o poder está firme nas mãos de quem tem o governo. E o presidente não deixa dúvidas que governa com o apoio do povo, de parte do congresso nacional e mesmo das forças armadas. A escolha presidencial foi referendada pelo Congresso e por políticos que agora estão na oposição. Ou seja, queriam a derrubada da esquerda do poder, mas não com a ascensão da extrema direita. A liderança oposicionista nem merece ser chamada de frente ampla uma vez que são todos liberais, favoráveis à economia de mercado. É verdade que um era favorável a uma maior distribuição das terras, outro se considera desenvolvimentista e o terceiro é totalmente direitista. Em outras palavras, até bem pouco tempo atrás eram inimigos políticos e adversários nas eleições presidenciais.
Heródoto Barbeiro jornalista do R7, Record News e Nova Brasil fm